Direito à saúde é frágil na área do Comperj
do Incid
Um dos direitos sociais básicos de qualquer cidadão, a garantia da saúde deixa a desejar nos 14 municípios da área afetada pelo Comperj. Pelo menos é o que pensam os moradores desses locais, já que a pesquisa realizada pela equipe do Incid destacou a questão da cidadania percebida com relação ao direito à saúde. Os resultados não foram bons: ao se considerar a população total residente na área de estudo, apenas 35% dessas pessoas têm a percepção de serem adequadamente atendidos no requisito saúde.
O processo de pesquisa girou em torno das respostas positivas à seguinte pergunta: “Quando você ou alguém próximo têm um problema de saúde, conseguem atendimento adequado?”. O objetivo era calcular de forma simples a percepção sobre o acesso de si próprio e de pessoas próximas aos serviços de saúde.
A situação de seis municípios chamou ainda mais atenção por seus percentuais no estudo estarem abaixo da já ruim média da região. É o que acontece em Itaboraí (23,6%), município que tem o pior índice da área do Comperj, seguido por atendimento adequado, seguido por Maricá (24,8%), Teresópolis (26,6%), Saquarema (29,8%), Tanguá (31,5%) e São Gonçalo (32,9%). O acesso à saúde foi bem avaliado em Casimiro de Abreu e Rio Bonito, onde mais da metade da população considera ter atendimento adequado – 53,3% e 50,7%, respectivamente.
É importante ressaltar que, dentre os indicadores construídos no âmbito da cidadania percebida classificados como “temáticos”, quatro tratam do tema da saúde de forma direta. São eles “Direito à saúde”, “Inclusão na saúde”, “Participação e saúde” e “Diferença na saúde”. Entre os indicadores “temáticos”, os que são ligados à percepção da saúde apresentaram as piores avaliações em todos os níveis analisados.
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