Falta ar limpo na cidade?
do Incid
A história clássica das pessoas que saem do campo para a cidade em busca de qualidade de vida vem sendo cada vez mais desmistificada com o passar dos anos. Atualmente, o movimento tende a ser o contrário, já que a maioria das pessoas não consegue manter sua saúde em dia nos grandes centros.
Prova maior disso é a pesquisa realizada pelo Incid sobre a qualidade do ar nos 14 municípios afetados pelo Comperj. Fazendo referência à dimensão de Cidadania Percebida registrada no relatório do Marco Zero, pouco mais da metade da população da área do Incid (52,8%) considera respirar ar limpo no lugar onde moram. A situação é pior exatamente nos municípios mais urbanizados e populosos da área. Niterói tem a menor porcentagem de pessoas que consideram respirar ar de qualidade na área: 38,3%. O município é seguido por São Gonçalo e Itaboraí, que também não apresentam bons resultados, com respectivamente 39,3% e 49,5% de suas populações acreditando respirar ar limpo.
Para o quadro melhorar, falta investimento. Ao se observar os números que dizem respeito à garantia de investimentos em meio ambiente, os gastos municipais em Niterói, Itaboraí e São Gonçalo também deixam a desejar. Em 2010, o dinheiro gasto por habitante nos municípios foram dos menores na área do Comperj, sendo R$5,34 em Niterói, R$7,53 em Itaboraí e R$11,53 em São Gonçalo. Já em Casimiro de Abreu, município de melhor qualidade do ar de acordo com 89,4% dos entrevistados, foram gastos R$57,81 por habitante na gestão ambiental.
Confira esses e outros dados lendo o relatório do Marco Zero disponível na nossa biblioteca.
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